AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE MANCHAS ÓRFÃOS DE PETRÓLEO QUE ATINGIRAM A BAHIA
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Introdução: Em agosto de 2019, manchas de óleo começaram a se depositar nas praias do nordeste brasileiro, sendo as primeiras observadas nas praias da Paraíba. Devido às correntes marítimas, o óleo atingiu todo litoral nordestino, passando pela Costa dos Corais e chegando, no início de novembro de 2019, na região dos Abrolhos (Bahia). Inicialmente, o Projeto TerraMar e o ICMBio propuseram uma análise da contaminação por óleo nos ecossistemas marinhos em regiões que ainda não tivessem recebido a deposição de óleo, visando a definição de uma linha de base com amostras dos ecossistemas sem a presença do óleo. Objetivo: O presente projeto teve como objetivo principal determinar avaliar a presença de hidrocarbonetos em amostras de água, sedimento e biota coletadas em seis Unidades de Conservação Federais: Reservas Extrativistas (RESEX) de Cassurubá, Corumbau e Baía do Iguape, Parque Nacional Marinho (PARNAM) dos Abrolhos e Refúgios da Vida Silvestre (RVS) de Una e Rio dos Fr ades. Material e métodos: As coletas foram realizadas após o derramamento de óleo nos ecossistemas costeiros e marinhos do nordeste brasileiro, a fim de se comparar os resultados obtidos para a linha de base anteriormente definida. Nas amostras de água e sedimentos foram determinados hidrocarbonetos totais de petróleo (HTP) e hidrocarbonetos alifáticos (HA) resolvidos, mistura complexa não resolvida (MCNR); hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) e benzeno, tolueno, etil benzeno e xileno (BTEX). Resultados: Na biota foi determinado apenas HPAs. Os níveis de BTEX, HA, HTP e MCNR nas amostras de água e sedimento e de HPAs em água, sedimento e biota analisadas foram baixos, semelhantes àqueles encontrados em ambientes levemente impactados. No que se refere à legislação ambiental brasileira, todos os valores medidos na água e nos sedimentos estiveram abaixo dos estabelecidos. Conclusão: Para biota, os resultados foram comparados com as recomendadas pelo governo americano para áreas afetadas por derrame de óleo, o que revelou que as amostras analisadas não representam riscos para consumo humano quanto aos níveis de HPAs.
